Subiu para 15 o número de desaparecidos após o desabamento da ponte Juscelino Kubitschek, que liga os estados do Tocantins e do Maranhão, ocorrido na tarde do último domingo (22). A estrutura, construída sobre o rio Tocantins, conecta os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). A informação é do jornal Folha de S. Paulo.
Os Bombeiros dos dois estados confirmaram até o momento a morte de uma mulher de 25 anos. Um homem de 36 anos foi resgatado com vida e levado ao hospital com fratura na perna. A lista de desaparecidos inclui 12 adultos e três crianças, sendo um motociclista adicionado nesta segunda-feira (23).
Ainda segundo a reportagem, entre os desaparecidos estão duas crianças, de 3 e 11 anos, além de motoristas, passageiros e ocupantes de veículos que caíram na água. De acordo com a Polícia Militar do Tocantins, os veículos envolvidos incluem caminhões, carros de passeio e motos.
As operações de resgate foram interrompidas na noite de domingo após mergulhadores identificarem que dois dos caminhões submersos transportavam ácido sulfúrico, contaminando as águas do rio Tocantins. Outro caminhão carregava defensivos agrícolas e um quarto transportava placas de MDF. Autoridades locais alertaram a população para evitar contato com a água na região.
Moradores relatam que a ponte já apresentava sinais de deterioração. Victor Costa, de Aguiarnópolis, registrou imagens aéreas com um drone que mostram a destruição e um carro preso na fenda que se abriu.
"Diversas denúncias já foram feitas pela população, tanto por conta dos buracos quanto pela estrutura. A ponte poderia desabar a qualquer momento. A gente passava por necessidade, mas com medo", afirmou Costa.
O ministro dos Transportes, Renan Filho, viajou ao Maranhão nesta segunda para inspecionar a área e planejar a recuperação da via, sob a responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura (DNIT). O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lamentou o ocorrido nas redes sociais e afirmou que “o ministro Renan Filho está no local com os governadores do Maranhão, Carlos Brandão, e do Tocantins, Wanderlei Barbosa, e autoridades nacionais e locais para prestar toda ajuda do governo federal na retomada do resgate das vítimas e apuração sobre o ocorrido”.