No total, dos 37 indiciados pela Polícia Federal no caso, 25 são militares, incluindo seis generais. O inquérito aponta Jair Bolsonaro como figura central na trama golpista, reforçando o peso das investigações para o círculo militar e político que compôs o governo anterior.
Delação confirmada e especulações
A Polícia Federal já confirmou que o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, firmou um acordo de delação premiada. Segundo fontes ligadas à corporação, ele tem cooperado diretamente com as investigações conduzidas pela PF. No entanto, o cenário muda com a entrega do relatório final do caso à Procuradoria-Geral da República (PGR). "Os investigados podem negociar acordos diretamente com a PGR, abrindo novas possibilidades de colaboração", afirmaram integrantes da PF.
Esse ambiente de incerteza fomentou boatos de que um militar de alta patente estaria prestes a assumir o papel de delator, fato que seria devastador para o grupo investigado, especialmente para os generais implicados.
Desconfiança e impactos políticos
A suspeita recai sobre um general por razões ainda não confirmadas, mas que provocam divisões internas entre os indiciados. Esse tipo de colaboração pode intensificar as tensões não apenas no meio militar, mas também no campo político bolsonarista, fragilizando alianças e ampliando o isolamento de Jair Bolsonaro.
Para especialistas, a possível delação de um militar de alta patente traria um impacto significativo ao caso. "Uma delação desse porte pode revelar detalhes estratégicos das articulações golpistas, atingindo diretamente as cúpulas envolvidas", comentou um analista que acompanha o processo.
A conclusão do inquérito pela PF e sua remessa à PGR representam um marco importante na investigação. Agora, a expectativa gira em torno dos desdobramentos que podem advir das possíveis colaborações premiadas. Enquanto isso, militares e bolsonaristas permanecem em estado de alerta, temendo que um novo delator exponha ainda mais os bastidores da trama golpista.