O episódio começou com a detonação de pelo menos dois artefatos nas imediações da Praça dos Três Poderes. Testemunhas relataram ter ouvido as explosões, enquanto a polícia apurava os detalhes das ocorrências. Segundo o boletim policial, Francisco Wanderley Luiz, com uma mochila nas costas, posicionou-se em frente à estátua diante da sede do Supremo Tribunal Federal (STF). Em um comportamento que despertou suspeitas, ele retirou itens da mochila, incluindo um extintor, e arremessou uma blusa contra a estátua, segundo aponta reportagem do jornal O Globo.
O relato policial detalha: "O indivíduo retirou da mochila alguns artefatos e, com a aproximação dos seguranças do STF, abriu a camisa e os advertiu para não se aproximarem. Que visualizou um objeto semelhante a um relógio digital, que o segurança acreditou tratar-se de uma bomba. [...] O indivíduo deitou no chão, acendeu o último artefato, colocou na cabeça com um travesseiro e aguardou a explosão."
Luiz, ex-candidato a vereador em Rio do Sul (SC) pelo PL, teve uma campanha eleitoral sem sucesso em 2020, conquistando apenas 98 votos. À época, declarou um patrimônio de R$ 263 mil, composto por três veículos, uma moto e um prédio residencial. Ele alugou uma casa em Ceilândia há duas semanas, onde a polícia encontrou sua carteira de habilitação durante uma busca. Além disso, as autoridades estão à procura de uma carretinha que era rebocada pelo carro usado nas explosões.
A Polícia Federal (PF) e a Polícia Civil do Distrito Federal seguem investigando as motivações e circunstâncias do ataque, com inquéritos abertos para esclarecer se houve planejamento prévio ou apoio de terceiros. A tragédia chamou a atenção para os crescentes atos de extremismo político e trouxe à tona questionamentos sobre a segurança e a prevenção de atos similares.