Ele havia sido condenado a 17 anos de prisão por crimes como associação criminosa armada, tentativa de golpe de Estado, e depredação de patrimônio público. A prisão foi um desdobramento de uma operação coordenada, que teve a participação da Guarda Municipal de Cascavel.
A prisão de Santos ocorreu após uma análise detalhada do seu celular, que revelou seu envolvimento com o movimento extremista desde a proclamação do resultado das eleições de 2022. O conteúdo do aparelho também indicou que o réu estava familiarizado com táticas para evitar ser identificado pelas forças de segurança, como o uso de vestimentas e acessórios específicos e estratégias para minimizar os efeitos de gás lacrimogêneo.
O condenado havia sido preso em flagrante durante as depredações no Palácio do Planalto, mas fugiu antes do julgamento. Ele foi encontrado na Argentina e, após retornar ao Brasil, foi detido em sua cidade natal, no Paraná. O caso é mais uma ação no esforço de captura de foragidos que participaram dos atos golpistas de 8 de janeiro.
Em outro desdobramento da investigação, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) prendeu Rubem Abdalla Barroso Júnior, também envolvido nos protestos de 8 de janeiro, enquanto estava dentro de um carro na BR-290, em Rosário do Sul (RS). Barroso estava escondido no Uruguai antes de retornar ao Brasil para comprar uma geladeira.
Essas operações fazem parte de um esforço para localizar e prender todos os envolvidos nos ataques às sedes dos Três Poderes, em Brasília. A PF já recebeu da Argentina uma lista com cerca de 60 nomes de brasileiros procurados pela Justiça, e está em processo de elaboração dos pedidos de extradição.