Entre os acusados está Antônio Cláudio Alves Ferreira, 30 anos, investigado pela destruição de um relógio histórico no Palácio do Planalto. O outro acusado, Leonardo Alves Fares, 48 anos, gravou um vídeo-selfie agradecendo o apoio de um policial legislativo após invadir o Congresso Nacional.
Em seu voto, Moraes destacou que “o réu Antônio Cláudio Alves Ferreira foi preso preventivamente após ser reconhecido em vídeo gravado no interior do Palácio do Planalto, após o prédio ter sido invadido. Ademais, fez registros dentro do Palácio do Planalto e no QGEx que denotam a sua intensa adesão à empreitada criminosa e dano ao relógio histórico, trazido por D. João VI em 1808”.
O relógio de pêndulo do século 17, presente da Corte Francesa a dom João VI, foi completamente destruído durante os ataques. Avaliado como um item de valor inestimável, o relógio era uma das duas peças criadas pelo relojoeiro Martinot, sendo a outra exibida no Palácio de Versailles, com metade do tamanho da peça brasileira.
Leonardo Alves Fares foi acusado de participar ativamente dos atos de depredação dentro do Congresso Nacional. “O réu Leonardo Alves Fares foi preso dentro do Congresso Nacional e registrou diversas cenas de depredação e confronto em seu aparelho celular”, relatou Moraes.
Os dois acusados enfrentam múltiplas acusações, incluindo abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, deterioração do patrimônio tombado e associação criminosa armada.
Além das penas de prisão, Moraes sugeriu que ambos os réus fossem condenados a pagar coletivamente R$ 30 milhões como compensação pelos danos causados ao patrimônio nacional.