Segundo o jornalista Josmar Jozino,
do UOL, fontes internas do sistema prisional teriam revelado que “Nefo
teria falado demais e, por isso, acabou morto a mando da célula
restrita do PCC, responsável por coordenar atentados terroristas e
ataques contra prédios públicos e autoridades, como promotores de
Justiça, políticos, policiais e agentes penitenciários”.
Nefo foi preso em março do ano passado durante a Operação Sequaz, conduzida pela Polícia Federal para desarticular a quadrilha que ele liderava. Na mesma operação, outras oito pessoas também foram detidas. Além de Sérgio Moro, o grupo planejava o assassinato do promotor de Justiça Lincoln Gakya.
As investigações revelaram que Nefo já possuía um histórico criminal extenso, tendo sido processado em São Paulo por furto e extorsão mediante sequestro. Ele também foi acusado de liderar um motim em Franco da Rocha (SP). Sua namorada também estava sob vigilância da Polícia Federal.
Em maio do ano passado, a juíza Sandra Regina Soares, da 9ª Vara Federal de Curitiba, aceitou a denúncia contra 13 acusados, incluindo Nefo, pelos crimes de organização criminosa e extorsão mediante sequestro. Entre os réus estão Claudinei Gomes Carias, conhecido como Nei, e outras pessoas próximas de Nefo.
Os outros acusados, identificados pela Polícia Federal a partir da denúncia de um ex-integrante do PCC ao Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), enfrentam acusações similares. O delator, que forneceu detalhes sobre os envolvidos, revelou que Nefo o ameaçava de morte, reforçando a sua posição de liderança dentro da facção.
Conforme o delator, o sequestro de Sérgio Moro visava utilizá-lo como moeda de troca para a libertação de líderes do PCC presos em presídios federais, especialmente em Brasília (DF) e Porto Velho (RO).