Alvo de uma operação desencadeada em janeiro Polícia Federal (PF), que cumpriu mandados de busca e apreensão do inquérito sobre a chamada "Abin paralela", Carlos Bolsonaro (PL-RJ) vive a expectativa de um possível indiciamento nas próximas semanas, quando os investigadores devem concluir a investigação.
“Pegamos ele”, teria dito um dos investigadores à coluna Radar, de Robson Bonin, na revista Veja.
Filho "02" de Bolsonaro e suposto comandante do chamada Gabinete do Ódio, Carlos Bolsonaro é investigado nos dois inquéritos.
Nesta quarta-feira (12), o vereador se desesperou diante da informação
de que a PF deve negociar acordos de delações premiadas com investigados
no inquérito que apura o uso de um software espião para monitorar
adversários e autoridades.
"Vamos lá, Polícia Federal. A gente sabe como o setor de inteligência trabalha muito, a se ver pela conclusão da tentativa de assassinato do meu pai. Serviu pra alguma coisa as buscas e apreensões em todo meu universo ou foi só o computador da Daniella Lima que acharam na minha casa? Qualquer um sabe que vem mais maldade direcionada por aí. Vamo democracia inabalável", escreveu.
Delações
Em café da manhã com jornalistas na sede da Polícia Federal em Brasília, nesta terça-feira (11), o diretor-geral da corporação, Andrei Rodrigues, informou que o inquérito sobre a "Abin Paralela" está caminhando para sua conclusão e que, neste momento, tenta negociar delações premiadas com investigados.
“Em julho, agosto, a gente conclui o inquérito. Tem diligências finais, tem a possibilidade de colaborações de investigados e que está em fase de discussão interna com os possíveis colaboradores, e análise de material”, revelou Rodrigues.