A Polícia Federal enviou um relatório complementar acerca do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes ao Supremo Tribunal. O documento revelou, entre outras novas informações, que o inspetor Renato Machado Ferreira, da Polícia Civil do Rio de Janeiro, pesquisou o pai da vereadora no sistema interno da corporação em 21 de fevereiro de 2018, quase um mês antes das execuções.
Em depoimento à PF prestado em 9 de abril de 2018, logo após o crime, o inspetor Ferreira confirmou a pesquisa, mas disse que não se lembrava o motivo ou o nome da pessoa pesquisada. Ele falou à Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), que estava responsável pelas investigações, e após prestar o depoimento a corporação não deu sequência ao inquérito e o agente não foi indiciado.
Nesse contexto, Marielle foi uma das principais opositoras do projeto que discutia questões de zoneamento em Pedra de Guaratiba. A lei era de interesse dos grupos que especulam na região, como os milicianos, e regularizaria uma série de terrenos apropriados pelos criminosos. Foi aprovada em 2017.