O jornalista destaca que em 2022 houve "ensaios de golpes”, um deles a ser dado em setembro, a um mês das eleições. “Derrotado, Bolsonaro quis dar um golpe para impedir a posse de Lula. E em 8 de janeiro de 2023, seus seguidores tentaram dar outro”, escreve.
Freire Gomes deu na última sexta-feira um depoimento de quase duas horas à Polícia Federal, quando respondeu a 80 perguntas feitas por agentes federais e a mais 200 provocadas por suas revelações, diferentemente de outros generais já ouvidos, suspeitos de planejar com Bolsonaro o golpe de dezembro de 2022, os quais se calaram, bem como Bolsonaro.
De acordo com Noblat, pelo pouco que se sabe do depoimento de Freire Gomes, ele disse que foi Bolsonaro que ordenou ao Exército que acolhesse os bolsonaristas golpistas.
Segundo a TV Band, o general confirmou o que o tenente-coronel Mauro Cid contou em delação premiada: houve uma reunião, com a presença de Bolsonaro, onde uma minuta do golpe foi apresentada aos comandantes militares, inclusive a ele.
Noblat questiona: “E por que na ocasião Freire Gomes não prendeu Bolsonaro? Poderia tê-lo feito. E por que não o denunciou à Justiça? Desconheço as respostas do general. Só sei que seu depoimento escancarou as portas da prisão para Bolsonaro e sua gangue.”