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Crime / Investigação / Acidente

PF pede que USP investigue origem de pepita de ouro encontrada com Valdemar

Pedra extraída do garimpo ilegal foi descoberta durante Operação Tempus Veritatis, que investiga trama golpista de Bolsonaro e aliados

Publicada em 29/02/24 às 16:39h - 16 visualizações

Revista Fórum


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PF pede que USP investigue origem de pepita de ouro encontrada com Valdemar
 (Foto: Reprodução PF/Marcello Casal/Agência Brasil)

A Polícia Federal (PF) pediu que pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) investiguem a origem da pepita de ouro encontrada com Valdemar Costa Neto, presidente do Partido Liberal (PL), preso em flagrante no dia 8 de fevereiro por participação na trama golpista do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)

A primeira parte da análise do material foi realizada pelo Instituto de Criminalística da PF em Brasília, que atestou que a pepita era oriunda do garimpo ilegal. Com o ouro encontrado, Valdemar também se tornou suspeito de “usurpação de bem mineral da União”, segundo a PF. 

A conclusão foi feita com base nas características da pedra, como sua estrutura mineralógica e seu formato de “esponja”.

"As características da pepita de ouro mineral, tais como o alto teor de ouro, textura, granulometria e a sua composição química e mineral, indicam que se trata de produto aurífero primário, proveniente de retirada direta da jazida, sem processamento, típico de atividade de garimpagem”, afirmou o laudo da perícia da PF.

Porém, não foi possível identificar a origem da pepita devido à ausência de outros minérios na superfície do material, que estava “muito limpo”. Para fazer essa análise, a USP foi acionada, já que possui um equipamento capaz de identificar tipos específicos de isótopos do material.

A pesquisa pode levar cerca de 40 dias. A conclusão vai depender do banco de amostras de ouro já existente e a expectativa é que a análise corrobore com a afirmação da pedra ter sido extraída de garimpo ilegal.

Valdemar e a relação com o garimpo

De acordo com o site De Olho nos Ruralistas, o presidente do PL é sócio de Francisco Jonivaldo Mota Campos na Agropecuária Patauá, uma empresa de comercialização de madeira e de atividade agropastoril. O sócio é também o coordenador do movimento “Garimpo é Legal”, que ganhou forte apoio do governo Bolsonaro enquanto este durou. Jonivaldo atua no Amazonas e é filiado ao PL há 17 anos.

O PL diz que o ouro não configura crime e a defesa de Valdemar questiona: “Como alguém pode ser detido por ser portador de uma pedra guardada há anos como relíquia e que segundo a própria auditoria da PF vale cerca de 10 mil reais?”.

Liberdade provisória

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes concedeu liberdade provisória para o presidente do PL Valdemar Costa Neto no dia 10 de janeiro. 

Segundo a decisão, a idade avançada de Costa Neto, que tem 74 anos, além da ausência de violência ou grave ameaça na prática dos crimes em que é acusado, foram os principais motivadores para a liberdade provisória concedida ao cacique do PL.




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