O Supremo Tribunal Federal (STF) emitiu uma sentença contra o bolsonarista Ivair Tiago de Almeida, um morador de Maracaju (MS), a 17 anos de prisão em regime fechado devido à sua participação nos atos antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro em Brasília. Além da sentença de prisão, Ivair também foi ordenado a pagar uma multa de R$ 30 milhões por danos morais coletivos, juntamente com os outros condenados.
Ivair foi preso no dia dos atos golpistas na praça dos Três Poderes, em 8 de janeiro de 2023, e agora enfrenta uma sentença rigorosa por sua participação nos distúrbios. Ele pode apelar da decisão ao próprio STF, mas até o momento, a defesa de Ivair não foi contatada para comentar sobre o assunto.
O Supremo usou provas produzidas pelo próprio bolsonarista contra ele. Na ocasião, Ivair fez vídeos, fotos e publicações que registraram seus atos. Ele segue em liberdade e deve ser efetivamente preso apenas após o trânsito e julgado da ação, quando o nome dele constará no rol de culpados pelos crimes e também será expedida a guia de execução penal definitiva de seu caso.
Fotos publicadas por Ivair viraram provas em seu julgamento. Fotos: reprodução
Segundo a decisão, Ivair foi condenado por cinco crimes relacionados aos atos antidemocráticos, incluindo abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, associação criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. Esses crimes variam em pena, mas refletem a gravidade das ações cometidas durante os eventos em Brasília.
Os ataques de 8 de janeiro envolveram golpistas convocados nas redes sociais, que chegaram à capital federal em caravanas financiadas por terceiros. O grupo se juntou a radicais acampados em frente ao quartel general do Exército e avançou pela Esplanada dos Ministérios, causando destruição pelo caminho.
Vale lembrar que cada réu é julgado de forma individual. O julgamento está sendo feito em plenário virtual e vai até o dia 1º de março. O ministro Alexandre de Moraes é o relator das ações, que analisam denúncias feitas pela Procuradoria-Geral da República (PGR).