Nesta quinta-feira (22) foram colhidos 23 depoimentos de
personagens envolvidos na investigação do plano de golpe de Estado
atribuído a Jair Bolsonaro (PL), seus ministros e militares. Com as
informações obtidas durante essas oitivas, aliadas aos materiais
previamente coletados, os agentes da Polícia Federal (PF) afirmam
possuir elementos substanciais para avançar em sua apuração. Segundo
investigadores, este avanço implica que a delação premiada do
tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, não será
mais utilizada como base para novas fases da investigação. Avalia-se que
a PF já obteve todos os dados relevantes que poderiam ser fornecidos
por ele, informa Ricardo Noblat, do
Metrópoles.
Entretanto, a defesa de Cid manifesta interesse em fornecer ainda
mais informações e está cogitando solicitar outro depoimento, além de
entregar mais dados relacionados ao suposto esquema golpista. A
estratégia visa angariar elementos adicionais que possam favorecer Cid e
sua família, envolvida no esquema de comercialização de joias sauditas
desviadas do patrimônio da Presidência.
Os investigadores acreditam que, até o momento, possuem evidências
sólidas para avançar ainda mais contra os supostos idealizadores da
tentativa de golpe. No entanto, ressaltam que ainda não dispõem de
elementos suficientes para formular acusações formais.