A prisão de Vasques foi determinada em agosto, quando o ministro alegou que duas pessoas que ocupavam cargos de chefia na PRF na época dos fatos, indicadas por Vasques, aparentemente faltaram com a verdade ao prestar depoimento, indicando um possível "temor reverencial". Os advogados de Vasques argumentaram que, por estar aposentado, ele não oferece riscos às investigações e também elencaram problemas de saúde do policial.
Moraes, contudo, justificou a manutenção da prisão ressaltando que a efetividade das oitivas de agentes da PRF poderia ser prejudicada pela liberdade do investigado. "A efetividade das inúmeras e necessárias oitivas de agentes da Polícia Rodoviária Federal sobre eventual determinação de Silvinei Vasques, então Diretor-Geral da PRF, para realização de 'policiamento direcionado', pode ser prejudicada pela manutenção de liberdade do investigado", destaca um trecho da decisão de Moraes, segundo a reportagem.
O advogado Eduardo Pedro Nostrami Simão, que representa Silvinei Vasques, aguarda uma decisão da Corte acerca da tipicidade penal, destacando que não há tipicidade quanto ao crime previsto no artigo 359-P do Código Penal.