O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) acredita que o julgamento dos réus pelo ataque terrorista de 8 de janeiro no Supremo Tribunal Federal (STF) é uma forma da corte preparar terreno para condenar seu pai. Ele afirma que os casos são uma forma de insistir na “tese de que há um mentor intelectual” dos atos.
“Eles querem insistir com a tese de que há um mentor intelectual disso tudo e não há. Simplesmente não. Eles querem dizer que é o Bolsonaro, mas como não tem prova, ficam prendendo para ver se forçam uma delação”, afirmou à coluna de Malu Gaspar no jornal O Globo.
O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro ainda diz que a tese do pai como mentor intelectual do ataque “não tem pé nem cabeça” e que o ministro Alexandre de Moraes julga com base “na vontade dele”.Ele ainda elogiou o voto de Kassio Nunes Marques, que pediu a punição do primeiro réu somente por dois crimes. Segundo Flávio, o voto do magistrado indicado por seu pai foi “mais equilibrado” e ele trata do tema “sem emoções, revanchismo e vingança”.
“A pena de 17 anos é maior do que para estuprador, do que para alguém que matou outra pessoa ou para alguém que roubou o Brasil como o Lula. Então há uma clara desproporcionalidade”, afirma.
Flávio ainda diz que Moraes “induz outros ministros a erro” e que eles estão “condenando as pessoas sem a real individualização da responsabilidade, a penas absurdas”.