Os dois ministros que votaram contra a proposta, Kassio Nunes Marques e André Mendonça, ambos indicados por Bolsonaro, divergiram sobre a denúncia contra Zambelli por perseguição, com Marques defendendo a atitude da deputada como "legítima" devido a ofensas recebidas, enquanto Mendonça sugerindo que o caso fosse encaminhado para a Justiça de São Paulo.
Relembre o caso- O episódio em questão ocorreu na véspera do segundo turno das eleições, quando Carla Zambelli perseguiu um homem negro acompanhada de seus seguranças no bairro Jardins, em São Paulo. A deputada sacou uma arma e correu atrás do jornalista Luan Araújo após ouvir provocações como "Amanhã é Lula" e "Vocês vão voltar para o bueiro de onde não deveriam ter saído." Kassio Nunes Marques justificou sua posição argumentando que não havia "justa causa" para as acusações contra Zambelli. Ele defendeu que a deputada foi ofendida e agiu legitimamente ao tentar prender o jornalista em flagrante delito. Segundo Marques, a conduta da acusada estava inserida no contexto das ofensas dirigidas a ela, tornando sua ação legítima. Por outro lado, o ministro André Mendonça não se manifestou sobre o teor da denúncia, mas argumentou que o caso não deveria ser processado no STF, pois não estava relacionado ao exercício da atividade parlamentar. Ele sugeriu que o processo fosse transferido para a Justiça de São Paulo.