A Polícia Federal mira ao menos 13 militares da ativa de patentes altas nas investigações sobre os ataques terroristas de 8 de janeiro. A corporação aponta que dois generais, nove coronéis, um major e um sargento são suspeitos de inércia em relação ao acampamento golpista em frente ao quartel-general de Brasília. A informação é da Folha de S.Paulo.
As investigações ainda apontam que alguns militares são suspeitos de participar diretamente dos ataques. Os alvos da corporação são:
Não se sabe se outros militares, de patentes mais baixas, serão alvos da PF. Um dos nomes mais importantes para os inquéritos é o do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele está na mira da corporação por apoiar o então chefe nos ataques contra o sistema eleitoral e pelo plano golpista encontrado em seu celular.
O sargento Luís Marcos é um dos militares da ativa que participou da invasão da Praça dos Três Poderes. Mensagens encontradas no celular de Cid apontam que ele estava envolvido no episódio. Os coronéis Márcio Resende Júnior, Rodrigo Bragança Silva, Gian Dermario da Silva, Jean Lawand Júnior e Marcelino Carneiro integravam um grupo de membros das Forças que promovia conteúdos golpistas.
O general Dutra é apontado como responsável por não desmontar acampamento golpista no QG do Exército em Brasília e por barrar a entrada de policiais militares para prender terroristas após o ataque.
A Secretaria de Segurança e Coordenação Presidencial do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), então chefiada pelo general Carlos Feitosa Rodrigues, também é alvo das investigações por falha no planejamento de segurança do Dseg (Departamento de Segurança Presidencial).