Um recibo no nome de Frederick Wassef, advogado do Jair Bolsonaro, aparece na recompra de um relógio Rolex nos Estados Unidos e é uma “prova contundente” contra ele, segundo a Polícia Federal. O item foi recebido de presente em viagem oficial do governo do ex-presidente e vendido ilegalmente no país. A informação é do Blog do Valdo Cruz no g1.
Após ser revelada sua participação no esquema, Wassef disse estar injustamente acusado e negou ter sido incluído em qualquer parte do episódio. A Polícia Federal vai chamá-lo para prestar depoimento e investigar quem deu o dinheiro para que comprasse o relógio de volta. A corporação ainda apura como ele recebeu os valores, se foi em espécie ou por transferência bancária.
A PF vai ter colaboração de autoridades dos Estados Unidos para levantar o valor de venda e recompra do relógio.
O caso aconteceu em março desse ano. Wassef foi escalado em uma operação de aliados de Bolsonaro para recomprar o item após determinação do Tribunal de Contas da União (TCU) para devolução do bem. Na ocasião, a equipe do ex-presidente dizia que o relógio estava no Brasil.
O Rolex foi vendido no ano anterior pelo general Mauro Cesar Lourena Cid, pai do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. Segundo a PF, o item foi vendido por US$ 68 mil (quase R$ 347 mil à época).