O presidente da CPMI do 8 de janeiro, deputado Arthur Maia (União-BA), irá submeter novamente a votação requerimentos da oposição que pedem a convocação do general Gonçalves Dias, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) no governo Lula.
Os requerimentos são dos senadores Sérgio Moro, Izalci Lucas, Magno Malta e dos deputados Nikolas Ferreira, delegado Ramagem, Rafael Brito e Marco Feliciano.
A próxima reunião do colegiado ocorrerá na próxima terça-feira (20), às 9h.
Ainda estão na pauta requerimentos que pedem o compartilhamento de documentos com o Supremo Tribunal Federal (STF), como inquéritos de pessoas que foram presas depois de terem invadido o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o próprio STF.
No total, há 24 requerimentos para análise após a oitiva do ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques.
Na última sessão parlamentares governistasmaioria na CPMI, aprovaram requerimentos de convocação de nomes de interesse da base do governo como o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro Mauro Cid, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres e o ex-ministro do GSI do governo anterior, general Augusto Heleno.
Já Gonçalves Dias e o atual ministro da Justiça, Flávio Dino, tiveram os pedidos de convocação rejeitados pelos membros da comissão.
No entanto, o presidente do colegiado, Arthur Maia, defende que personagens centrais da investigação devem ser ouvidos na CPMI.
“Foi constrangedor ver a maioria do colegiado da CPMI do 8 de janeiro rejeitar requerimentos de convocação de personagens centrais nessa investigação, como é o caso do GDias, ex-GSI, do Saulo Moura da Cunha, ex-Abin, e do ministro da Justiça, Flávio Dino”, escreveu no Twitter.
CPMI
A CPMI investiga os atos criminosos do dia 8 de janeiro aos Poderes da República.
Inicialmente contrário à criação da comissão, o governo mudou de posição após a CNN ter divulgado, com exclusividade, imagens do circuito interno do Palácio do Planalto que revelaram a atuação de Gonçalves Dias e de outros integrantes do GSI durante a invasão ao prédio.
Dias pediu demissão do cargo no dia 19 de abril, e a CPMI foi instalada no dia 25 de maio.