Em comunicado nesta segunda-feira (10), a corporação informou que a intimação servirá para “aprofundar a investigação sobre a eventual participação ou omissão de integrantes das Forças Armadas” nos atos antidemocráticos.
A PF já expediu as intimações para que eles sejam ouvidos na próxima quarta-feira (12). A corporação vai montar uma força-tarefa para tomar todos os depoimentos.
Os militares entraram na mira da PF após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizar a investigação na Justiça comum, em vez de na Justiça militar. Os intimados atuaram no Batalhão de Guarda Presidencial (BGP) e no Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Uma das linhas da investigação é se houve falhas desses órgãos durante a invasão e depredação das sedes dos Três Poderes.
O general Dutra chegou ao Comando Militar do Planalto em abril de 2022, ainda durante o governo de Jair Bolsonaro, e foi inicialmente mantido no posto durante o início da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Após o 8 de janeiro, porém, ele foi retirado do posto.
Já o tenente-coronel Jorge Fernandes da Hora foi colocado sob suspeita após um vídeo em que ele discute com policiais militares durante a prisão de vândalos nos atos de oito de janeiro ser divulgado. Ele foi retirado do cargo devido a desconfiança de Lula após os atos terroristas.