A Polícia Rodoviária Federal (PRF) foi responsável por 12 mortes, sendo três óbitos ou mais em um mesmo grupo, durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), época que a corporação passou a atuar regularmente em incursões em áreas urbanas e favelas.
Segundo o Globo, que obteve os dados via Lei de Acesso à Informação (LAI), o órgão registrou 126 mortos em confronto por agentes rodoviários entre 2019 e 2022, sendo 57 em massacres. O jornal pediu à PRF os registros de óbitos em decorrência de resistência à ação policial desde 2010, no entanto, a resposta pela LAI informa que os números só passaram a ser sistematizados em 2017.
Durante a gestão de Michel Temer, de 2017 a 2018, houve 36 mortes e quatro massacres vinculados à PRF. Na média anual, os dois índices subiram 75% e 50%, respectivamente.
O Rio de Janeiro foi o estado com mais matanças em operações da PRF na gestão anterior, somando 28 mortos. Uma das operações ocorreu no dia 20 de março do ano passado, quando órgão esteve, junto da Polícia Federal (PF) e do Batalhão de Operações Especiais (Bope), no Complexo do Chapadão, na zona norte da capital fluminense.
Uma segunda operação, realizada em 26 de maio, resultou em um outro massacre no Complexo da Penha, também no Rio, onde a corporação foi responsável por quatro das 23 mortes em confronto na ocasião.
Alagoas aparece em segundo, com dois massacres e oitos mortos. Na sequência aparece Minas Gerais, que registrou 15 mortes.