A agência Sportlight de jornalismo investigativo divulgou nesta terça-feira (28) reportagem mostrando que foram três malas com presentes que a ditadura saudita de Mohammed bin Salman enviou a Jair Bolsonaro e que não foi totalmente revelado pela comitiva do governo Bolsonaro que desembarcou em Guarulhos no dia 26 de outubro de 2021.
Por meio da Lei de Acesso à Informção, a agência Sportlight obteve documentos que mostam que às 3h19 daquele dia, ao despachar as bagagens do voo entre Riad e Doha, no Catar, na primeira etapa da viagem de retorno, o tenente da marinha Marcos André Soeiro, então lotado no Ministério das Minas e Energias, pagou US$ 794, equivalente a R$ 4.128,80, para a companhia aérea Qatar Airways.
O custo foi referente à "necessidade de despachar três malas extras, contendo itens ofertados pelo Reino Saudita ao Estado Brasileiro, cujos comprovantes encontram-se em anexo”. "Assim, o que se sabe até aqui: o conjunto com o colar de R$ 16,5 milhões, um par de brincos e um relógio; um estojo (uma caneta, um anel, um relógio, um par de abotoaduras e um terço); um manto, um lenço, um broche e uma escultura. Insuficientes para justificar três malas de bagagem extra no voo de retorno", diz a reportagem.