Na coxia da equipe de transição do governo Bolsonaro para o governo Lula, o que mais se dava como certo, de novembro ao final de dezembro do ano passado, era que em breve seria respondida uma pergunta que o país se faz desde 14 de março de 2018: quem mandou matar a vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ)?
A pergunta completa é: quem matou e quem mandou matar? Ao matarem Marielle, mataram também seu motorista, Anderson Gomes. Ocorre que os possíveis assassinos já estão presos: os ex-policiais militares Ronnie Lessa, o autor dos disparos, e Élcio de Queiroz, acusado de dirigir o carro usado no crime.
Finalmente, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, determinou a instauração de um inquérito na Polícia Federal para ampliar a colaboração federal nas investigações sobre quem encomendou a morte de Marielle. Seria isso o que falta saber. O governador Cláudio de Castro, do Rio, está de acordo.
Quem priva da intimidade de Dino garante que ele não daria esse passo se não estivesse convencido de que há fortes evidências sobre quem foi o mandante. O mistério parece próximo de ser desvendado.