Desembargadores do Tribunal Regional Federal da 2ª Região
decidiram nesta quinta-feira (9) que o ex-governador do Rio de Janeiro
Sérgio Cabral (MDB) não precisará mais ficar em prisão domiciliar. O
emedebista terá de cumprir medidas cautelares, entre elas o uso de
tornozeleira eletrônica, a apreensão do passaporte do ex-governador e
comparecimento mensal à Justiça.
O relator do processo, desembargador Marcello Granado, votou contra o
pedido feito pela defesa de Cabral de soltar o ex-governador. O juiz
disse que a saída da cadeia e a ida para prisão domiciliar já favoreceu o
réu. "A gravidade concreta do crime (de Cabral) afeta a ordem pública e
traz um sentimento de indignação da sociedade brasileira", disse
Granado durante a sessão, de acordo com o
jornal O Globo.
As ações penais contra Cabral somam mais de 430 anos de prisão, em 23
condenações. Preso em 2016, ele estava em regime fechado no Batalhão
Especial Prisional da Polícia Militar, em Niterói, na região
metropolitana do Rio de Janeiro. A organização criminosa de Cabral deu
aos cofres públicos um prejuízo estimado em R$ 220 milhões.