O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) iniciou as operações de desmonte do garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami, com a retirada de mais de 20 mil garimpeiros que invadiram a região nos últimos anos.
A operação é realizada em conjunto por Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas) e Força Nacional de Segurança Pública, vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Entre segunda (6) e terça-feira (7), agentes do Ibama estiveram no território e destruíram um helicóptero, um avião, um trator e estruturas que garantiam a logística de uma área de garimpo. Houve também apreensão de duas armas e três barcos com cerca de 5.000 litros de combustível.
Nas embarcações foram apreendidos cerca de uma tonelada de alimentos, freezers, geradores e antenas de internet que seriam levadas para os acampamentos dos garimpeiros. Não há a informação sobre presos.
Nesta quarta-feira (8), a Força Nacional mandou 100 homens para o território, como forma de reforçar a segurança. O grupo deve compor o apoio de segurança na base de controle que foi criada no rio Uraricoera para impedir o fluxo de suprimentos para os garimpos.
O rio vem sendo usado como rota de fuga por garimpeiros desde o início do controle do espaço aéreo pela FAB (Força Aérea Brasileira).
De acordo com o Ibama, todos os alimentos e suprimentos apreendidos foram levados para a base da força-tarefa e vão ser usados pelos agentes.
O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, e os comandantes das Forças viajaram para Boa Vista, em Roraima, nesta quarta para acompanhar as ações contra o garimpo.