O jornalista Breno Altman participou do programa Bom Dia 247 desta segunda-feira (16) e defendeu que o comandante do Exército, Júlio César de Arruda,deve ser imediatamente demitido, investigado e eventualmente preso, após vir à tona que, no dia das invasões terroristas, ele deu ordens para que seus homens fizessem uma barreira e impedissem a PM-DF de prender os extremistas.
“Na noite do domingo (8), quando a PM do DF, já sob intervenção federal e já existindo uma ordem emitida pelo ministro Alexandre de Moraes de dissolução do acampamento em frente ao quartel-general o Exército, quando a PM do DF vai ao acampamento cumprir essa ordem, ela se depara com uma linha de blindados e soldados impedindo o acesso da PM para cumprir essa ordem de dissolução do acampamento. Como é uma área de segurança nacional, o Exército disse ‘aqui vocês não entram’”, relata Altman.
Altman ainda alerta: “Diz o Washington Post, com todas as letras, que o responsável por essa determinação teria sido o general Júlio César de Arruda, o comandante do Exército. Isso é uma clara ação de obstrução de Justiça. Isso é um crime. Evidente que é uma ação que exige duas medidas: desoneração e a investigação do comandante do Exército e sua eventual prisão disciplinar imediata, uma vez confirmada essa informação. E é muito fácil confirmar, o próprio ministro Flávio Dino e o próprio ministro José Múcio podem confirmar. É necessário perguntar ao ministro Flávio Dino e ao ministro José Múcio qual foi o teor dessa conversa e dessa negociação, e porque eles se sentiram obrigados a adiar uma ação que a Justiça tinha determinado que ocorresse imediatamente. Até agora não foram feitas essas perguntas, embora essa informação exista há uma semana”.