Em cerimônia de transmissão de cargo ocorrida nesta terça-feira (3/1), no Palácio do Planalto, o novo ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta (PT-RS), disse que vai fazer trabalho de combate às fake news e que esse será um tema central de sua gestão.
“A desinformação mata e não queremos nunca mais repetir esse tormento. Faremos um trabalho permanente de combate às fake news e à desinformação”, afirmou ele em discurso. Uma nova secretaria, a de Políticas Digitais, será responsável pela questão da regulação da internet.
Pimenta ainda criticou a gestão de Jair Bolsonaro (PL) pela decretação de sigilos e pela ausência de transparência, além de um comportamento hostil com a imprensa. O novo ministro disse que no governo Lula “não haverá muros nem cercadinhos, não haverá ofensas ou ameaças, os jornalistas terão toda a liberdade para exercerem a sua atividade”.
A estrutura da Secom deverá contar com seis secretarias, assim distribuídas:
O PT tentou ficar com o comando da Secom e do Ministério das Comunicações, mas essa última pasta ficou com o deputado Juscelino Filho (União-MA). O rearranjo foi feito para acomodar o partido decorrente da fusão entre DEM e PSL no novo governo.
Lula quer a Secom dirigindo-se a ele, e não ao ministro das Comunicações. A Secom também é responsável pela verba federal de publicidade.
Também
estão no páreo o cineasta Joel Zito Araújo e o jornalista Flávio
Gonçalves, diretor-geral do Instituto de Radiodifusão da Bahia (IRDEB).
Perfil
Pimenta é jornalista de formação e deverá lidar diretamente coma imprensa. Antes de chegar à Câmara, em 2003, Pimenta exerceu os seguintes cargos no Rio Grande do Sul: vereador de Santa Maria (1989-1992 e 1993-1996), deputado estadual (1999-2000) e vice-prefeito da cidade gaúcha (2001-2002).