Nesta semana, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes encaminhou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o resultado dos exames periciais com os nomes das pessoas que deixaram digitais na minuta golpista encontrada na casa de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro
O envio atendeu a uma decisão do ministro Benedito Gonçalves, relator das 16 ações que investigam a campanha do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) à reeleição e que podem torná-lo inelegível.
Segundo informações da Polícia Federal (PF), foram identificadas no documento as digitais do escrivão da PF Marcos Gomes Quijano e da advogada Ângela Macedo Menezes de Araújo. Ambos acompanharam a operação de busca e apreensão na residência de Anderson Torres.
A advogada confirmou que as digitais eram dela. “Eu estava lá, na busca e apreensão e é totalmente natural que as minhas digitais estivessem no documento que eu manuseei, assim como as do escrivão”, disse Ângela ao jornal O Globo.
Vale destacar que foi a própria defesa do ex-chefe do Executivo quem pediu para que o laudo da perícia fosse anexado ao processo do TSE. Para o time jurídico do PL, partido de Bolsonaro, o fato de o documento não ter as digitais do ex-capitão pode ser usado para tentar afastar o envolvimento dele na confecção da minuta.
O documento foi incluído na ação movida pelo PDT que investiga os ataques de Bolsonaro ao sistema eleitoral, a exemplo da reunião, ocorrida em julho do ano passado, do ex-presidente com embaixadores repleta de acusações infundadas contra as urnas.