O ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou neste sábado (25) que as acusações de ligação entre o PT e o PCC (Primeiro Comando da Capital) “não passam de canalhice”. A declaração ocorre após o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) fazer uma associação entre a facção criminosa e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Sem citar o ex-juiz, o ministro afirmou que “não há imunidade parlamentar para proteger canalhice”.
“Essas afirmações de ligação do PT com o PCC não passam de canalhice. Não há indício, prova, nada. Só canalhice mesmo. Lembro que não há imunidade parlamentar para proteger canalhice”, escreveu Dino em sua conta no Twitter.
Mais cedo, Moro usou as redes sociais para questionar o endereço de e-mail “lulalivre1063”, supostamente utilizado por um dos integrantes do PCC nos planos de ataques contra autoridades. O ex-juiz é um dos alvos.
“Gostaria de entender por que um dos criminosos do PCC, investigado no plano de sequestro e assassinato, utilizava como endereço de e-mail lulalivre1063?”, questionou.
Senador Sergio Moro (União Brasil-PR). Foto: Reprodução
O e-mail “lulalivre1063@icould.com” constava no cadastro de um dos chips telefônicos grampeados pela Polícia Federal (PF). O endereço eletrônico, no entanto, pode ter sido cadastrado em nome de “laranjas”, estratégia utilizada para apagar rastros.
As críticas a Moro também vieram da presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, que afirmou que o senador paranaense “vive na mentira desde o tempo em que foi juiz”.
“Moro também é falso quando tenta associar o crime ao PT. Na campanha eleitoral o TSE proibiu a divulgação dessa mentira, mas o agora senador se emenda e volta a delinquir”, disse. “O juiz parcial e suspeito, desmascarado e desmoralizado pelo STF, não tem autoridade para acusar ninguém”, disparou a petista.