Os itens – um relógio, abotoaduras, um anel, uma caneta e uma mosbaha (espécie de rosário) estimados em quase R$ 500 mil – fazem parte de um segundo conjunto de presentes dados por autoridades sauditas a uma comitiva brasileira em 2021 e que não foram apreendidas, diferentemente do que aconteceu com as joias femininas avaliadas em R$ 16,5 milhões.
Bolsonaro admitiu, na semana passada, ter ficado com esse segundo presente, e alegou ter feito tudo dentro da lei. Mas a decisão do ex-presidente na contramão de uma decisão do TCU, que não autoriza os mandatários a levarem esse tipo de objeto para o seu acervo pessoal quando deixam o cargo.
A corte de contas já impediu Bolsonaro de se desfazer ou utilizar os itens, e o Ministério Público que atua junto ao órgão pediu que ele fosse obrigado a devolvê-las.
Troca de advogado
O advogado paulista Paulo Amador Cunha Bueno vai assumir a defesa de Bolsonaro (PL) nesse caso. Ele passa a atuar no processo a partir desta segunda-feira (13).
Quem estava respondendo pelo caso, até então, era Frederick Wassef, que atua nas questões jurídicas da família Bolsonaro.