O tenente coronel Mauro Cid, braço direito do ex-presidente Jair Bolsonaro, foi o responsável pela solicitação de um avião “com urgência” à Força Aérea Brasileira, além de diárias para a viagem do sargento Jairo Moreira da Silva a São Paulo, no dia 28 de dezembro de 2022, para buscar as joias apreendidas pela Receita Federal no aeroporto de Guarulhos.
Esse episódio acaba sendo uma espécie de “impressão digital” de Jair Bolsonaro no episódio, na avaliação da jornalista Eliane Cantanhêde, do Estadão.
De acordo com o ofício ao qual o jornal paulista teve acesso, foi “atendendo demanda recebida do chefe da Ajudância de Ordens do presidente da República” que o governo autorizou a viagem de Jairo “de Brasília para Guarulhos, em voo da FAB, em 29 de dezembro de 2022, para atender demandas do senhor presidente da República”.
Fiel escudeiro do ex-capitão, Mauro Cid responde a pelo menos duas acusações: uma de “incitação sanitária”, por participar de uma live na qual seu chefe associava os imunizantes anti-Covid à transmissão do vírus da AIDS e outra, pela participação no pagamento de contas da família Bolsonaro com dinheiro vivo, no que seria um caixa-dois dos cartões corporativos.
Registro da viagem em 28/12/2022 no Portal da Transferência/Reprodução