As invasões terroristas de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) contra as sedes dos Três Poderes, em Brasília (DF), no dia 8 de janeiro, culminaram em um prejuízo financeiro de ao menos R$ 25,6 milhões. A amostra de custos foi desenvolvida pelo “Projeto Lupa nos Golpistas”, da agência Lupa.
Com base nas estimativas divulgadas pelos Poderes, a projeção indicou que a maior parcela das despesas, 83,5% do total, envolve a recuperação da infraestrutura das sedes: o Palácio do Planalto, com R$ 7,9 milhões; o Supremo Tribunal Federal (STF), com R$ 5,9 milhões; o Senado, com R$ 4,1 milhões; a Câmara dos Deputados, com R$ 3,5 milhões. Os valores ainda podem se tornar maiores.
Segundo a análise, na Câmara, somente os gastos com aparelhos de informática custam R$ 2,13 milhões. No Senado, os valores alcançaram um pouco menos R$ 100 mil. Agora, se juntas, os prejuízos na área de segurança, como viaturas da polícia legislativa, bateram R$ 714 mil.
Além disso, sem contar os estragos, há custos extras com as operações que precisaram ser executadas para mobilizar os golpistas. Por exemplo, a “Operação Reintegra”, da Polícia Federal (PF), que foi feita para desmobilizar os atos antidemocráticos, custou R$ 1,9 milhão aos cofres públicos.
Aliás, a prisão dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que estiveram nos atos também gerou um gasto extra, considerando a concentração enorme dos presídios e as medidas complementares. A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seape), sem detalhamentos, confirmou que um preso custa ao estado R$ 2.450,19 por mês.
Neste momento, segundo um levantamento do Carta Capital, que considerou que 939 presos tiveram as prisões em flagrante convertidas em preventivas, o prejuízo, somente sobre os bolsonaristas detidos, foi de pelo menos R$ 2,3 milhões.