O cavalo da Polícia Militar do Distrito Federal que foi atacado durante o ataque aos prédios dos Três Poderes no dia 8 de janeiro ainda apresenta sinais dos ferimentos que sofreu naquele dia. Drácula, como o animal é chamado, ainda apresenta uma cicatriz do ataque.
Imagens que circularam nas redes sociais sobre os atos criminosos mostraram o momento em que Drácula era segurado por um dos manifestantes e o policial que o montava foi derrubado por um dos criminosos. Mesmo após cair do cavalo, o policial continuou a ser atacado enquanto o cavalo tentava fugir da confusão. Drácula foi ferido no supercílio direito.
“Era um vaso, uma artéria que tinha maior volume de sangue. Então sangrou um pouco mais”, explicou capitão Saquetti, veterinário da Polícia Militar, que também garantiu que o animal, que também foi ferido perto do focinho, não ficou traumatizado, mas disse ser raro um cavalo ser atacado em operações.
Ao todo, a PM do DF tem em seu regimento 198 cavalos que são usados no policiamento montado, escola de equitação e ecoterapia. “Por ser um animal muito grande, o cavalo traz a percepção para as pessoas do policiamento. Muitas vezes o número de manifestantes é bem maior que o de policiais, então a gente precisa igualar essa força. O cavalo tem essa força. A gente consegue superar e, na maioria das vezes [de forma] não letal”, disse Saquetti.
Para protegerem os animais, explicou o capitão, os policiais usam equipamentos de segurança nas operações.
“O principal é um protetor que pega o peito dele, como se fosse um escudo, de couro bem rígido. Ele fica protegido de ataques frontais”, disse.
Drácula, segundo o capitão, já voltou para as atividades da Polícia Militar, apesar de ainda levar em seu supercílio a marca do ataque sofrido no dia 8 de janeiro.