Até o momento, já são pelo menos 21 militares identificados por participarem de alguma forma nos ataques terroristas promovidos por simpatizantes do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas sedes dos Três Poderes no dia 8 de janeiro, em Brasília. 12 militares estão presos.
De acordo com um levantamento feito pelo jornal O Globo, alguns desses militares ainda continuam presos, outros tiveram prisão em flagrante convertida em preventiva, enquanto outros estão em prisão temporária ou foram liberados mediante medidas cautelares.
O bombeiro Roberto Henrique de Souza Júnior, suspeito de financiar os atos golpistas em Brasília, continua preso. Jorge Eduardo Naime, ex-chefe do departamento operacional da Polícia Militar do DF também foi preso preventivamente nesta terça.
Entre os que tiveram prisão em flagrante convertida em preventiva estão: Rogério Caroca Barbosa, sargento aposentado da PM da Bahia; Onilda Patrícia de Medeiros Silva, major aposentada da PM da Bahia; os agentes da PM-MG Amauri Silva, Sergio de Souza Magalhães, Nilton Barbosa dos Santos; José Paulo Fagundes Brandão, subtenente reformado do Exército; e Arthur de Lima Timóteo, ex-cabo da Aeronáutica.
Os que estão em prisão temporária são: Flávio Silvestre de Alencar, major da PM-DF; Josiel Pereira Cesar, capitão da PM-DF; e Rafael Pereira Martins, tenente da PM-DF. Os presos liberados mediante medidas cautelares são os agentes da PM-MG Carlos Ibraim Gomes e Mauríco Onezimo Jaco.
Adriano Camargo Testoni, coronel da reserva do Exército, foi indiciado pelo Exército por injúria contra as Forças Armadas. Já Silvério Santos, militar da ativa em Goiás, e Paulo Jorge Fernandes da Hora, comandante do Batalhão da Guarda Presidencial do Exército, respondem à uma apuração interna.
Vilmar José Fortuna, capitão-de-mar-e-guerra reformado da Marinha, foi destituído do cargo que ocupava no Ministério da Defesa há quase uma década. Fábio Augusto Vieira, ex-comandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal, foi solto após decisão de Alexandre de Moraes. Ele teve a prisão decretada junto com a do ex-ministro de Bolsonaro, Anderson Torres.
No caso de Ednaldo Teixeira Magalhães, sargento da PM do Distrito Federal e Ridauto Lúcio Fernandes, general da reserva do Exército, o jornal O Globo não obteve retorno sobre a situação dos militares.