O coronel da Polícia Militar do Distrito Federal Jorge Eduardo Naime Barreto foi preso, na manhã desta terça-feira (7), durante a 5ª fase da Operação Lesa Pátria, da Polícia Federal. Naime era comandante de Operações da PM, durante os atos golpistas do dia 8 de janeiro. Ele foi exonerado do posto após os atos terroristas.
O militar também pediu folga do trabalho às vésperas dos ataques e estava fora capital federal no momento do incidente. A Polícia Federal cumpre três mandados de prisão preventiva, um de prisão temporária e seis de busca e apreensão no DF. Os mandados foram expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Jorge Eduardo foi escolhido pelo ex-comandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) Márcio Cavalcante de Vasconcelos para chefiar o Departamento Operacional da corporação.
Esta é a quinta fase da operação Lesa Pátria, que busca prender envolvidos nos atos terroristas do dia 8 de janeiro. Até a última segunda-feira (6), 16 pessoas já haviam sido presas na operação e 31 mandados de busca e apreensão foram cumpridos, segundo o G1.
A suspeita de omissão e conivência das polícias no dia das ações levou à destituição e à prisão de integrantes da cúpula da segurança pública do DF, incluindo o então secretário de Segurança Pública, Anderson Torres, e o então comandante da PM, Fábio Augusto Vieira.
Os ataques também são investigados na Polícia Federal em outras três frentes. Um mira os possíveis autores intelectuais, e é essa frente que pode alcançar Bolsonaro. Outra tem como objetivo mapear os financiadores e responsáveis pela logística do acampamento e transporte de bolsonaristas para Brasília.
O terceiro foco da investigação da PF são os vândalos. O objetivo dos investigadores é identificar e individualizar a conduta de cada um dos envolvidos na destruição dos prédios dos Três Poderes.