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No Rio, chanceler chinês diz que BRICS devem se tornar o pilar central do desenvolvimento global

Chefe da diplomacia da China defende que grupo atue como força estabilizadora frente ao colapso da ordem internacional: turbulência exige mais cooperação

Publicada em 29/04/25 às 09:17h - 6 visualizações

Brasil 247/Guilherme Paladino


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No Rio, chanceler chinês diz que BRICS devem se tornar o pilar central do desenvolvimento global
 (Foto: Letícia Clemente/MRE)
Em sua primeira agenda ministerial desde a ampliação histórica do grupo, os chanceleres do BRICS se reuniram nesta segunda-feira (28), no Rio de Janeiro, para debater os rumos da governança global. O chanceler chinês Wang Yi defendeu que o BRICS “deve liderar o caminho e se tornar o pilar principal da causa da paz e do desenvolvimento global”.

Segundo Wang, o mundo vive um momento de “turbulência e transformação”, com riscos crescentes à segurança internacional e ao desenvolvimento sustentável. Neste contexto, afirmou o diplomata, os BRICS têm um papel central na promoção de uma ordem internacional mais justa e inclusiva, fundada nos princípios da igualdade soberana e do multilateralismo.

A reunião no Rio representa o primeiro encontro de chanceleres após a ampliação oficial do grupo, que passou de cinco para onze membros — Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Egito, Etiópia, Irã, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos. Considerando países membros e parceiros diretamente envolvidos na agenda de cooperação do Sul Global, o número saltou em 300% em relação à composição inicial.

Durante os debates, Wang Yi reforçou a necessidade de uma reforma nas instituições internacionais, com vistas a uma governança global mais representativa e equilibrada. Ao lado de outros chanceleres, o diplomata defendeu que os BRICS se coloquem como força estabilizadora num cenário em que o unilateralismo, os conflitos armados e o desequilíbrio econômico ameaçam a estabilidade global.

O chanceler chinês apresentou quatro propostas centrais para o fortalecimento do bloco:

  •  Promover a segurança universal baseada no respeito mútuo e no diálogo;
  •  Estimular a resolução pacífica de conflitos, como na Ucrânia e no Oriente Médio;
  •  Consolidar as bases do desenvolvimento sustentável por meio da cooperação em áreas como agricultura, saúde e educação;
  • Fortalecer a cooperação prática, como no reforço ao combate conjunto a ameaças globais, como o terrorismo, e expandir a colaboração em novos domínios como o desenvolvimento de vacinas, a segurança alimentar e a exploração de águas profundas e do espaço exterior.

O ministro brasileiro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, coordenador da reunião, também destacou o papel singular do grupo: “O BRICS como grupo reconhece os interesses estratégicos e os legítimos interesses econômicos e de segurança de cada membro, tanto em suas respectivas regiões quanto em todo o mundo”, declarou, ao abrir os trabalhos. Segundo ele, o caminho do grupo deve ser o da diplomacia, da cooperação e da busca por uma “distribuição justa de poder nos assuntos globais”.

Crises regionais e globais

Além das reformas institucionais, a reunião abordou a atuação conjunta do BRICS diante de crises regionais e globais. Wang Yi e os demais ministros participaram de painéis que trataram do papel do Sul Global no reforço do multilateralismo e da construção de soluções pacíficas para os conflitos internacionais.

Vieira chamou a atenção para o número recorde de 183 conflitos registrados no mundo em 2023, o maior das últimas décadas, e reiterou que o BRICS deve manter o compromisso com um sistema humanitário “neutro, despolitizado e genuinamente universal”. Também alertou para a situação humanitária no Haiti, no Sudão, nos Grandes Lagos africanos, na Ucrânia e nos territórios palestinos ocupados.

Sobre o conflito na Ucrânia, o ministro brasileiro mencionou a iniciativa conjunta com a China para formar o “Grupo de Amigos da Paz”, criado em setembro de 2023, como exemplo de atuação diplomática do Sul Global. Quanto à Palestina, reforçou a posição brasileira pela solução de dois Estados, com base nas fronteiras de 1967 e Jerusalém Oriental como capital do Estado palestino.

A expectativa é que, nesta terça-feira (29), os ministros aprovem uma declaração conjunta, que servirá de base para o documento final da presidência brasileira do BRICS, a ser apresentado na cúpula de chefes de Estado marcada ainda para este ano.




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