A declaração foi publicada originalmente pela colunaPainel, da Folha de S.Paulo, nesta terça-feira (29). “Nós acreditamos que, até o momento de tomar a decisão oficialmente, nós vamos estar alinhados em todas as alas da federação para apoiar o presidente Lula”, afirmou Sabino, durante conversa sobre os rumos políticos da futura federação, que deve ser oficializada ainda nesta terça-feira (29).
Com presença significativa na Esplanada dos Ministérios, União Brasil e PP acumulam espaços estratégicos no governo federal. Além de Sabino no Turismo, o União também comanda o Ministério das Comunicações, com Frederico de Siqueira Filho, e o da Integração Nacional, com Waldez Góes — ambos ligados ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP). Já o PP indica André Fufuca (MA) para o Ministério do Esporte.
Apesar do espaço no Executivo, a nova federação carrega internamente tensões e divergências quanto ao apoio ao governo. No União, por exemplo, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, já lançou sua pré-candidatura à Presidência da República com críticas contundentes a Lula, sobretudo na condução da política de segurança pública.
Entre os parlamentares, nomes como Kim Kataguiri (União-SP) e Sergio Moro (União-PR) também mantêm postura de oposição. O PP, por sua vez, ainda abriga lideranças com histórico crítico ao PT, mesmo com a proximidade institucional com o Palácio do Planalto.
A possível adesão formal da federação à campanha de Lula para um novo mandato em 2026 ainda depende de decisões futuras, mas, segundo Sabino, a tendência é de convergência. A costura dessa aliança passa pela influência dos ministros indicados ao governo e pela estratégia de sobrevivência política das legendas no cenário multipartidário.
“Com o avanço da federação e o espaço que temos no governo, o caminho natural é a consolidação desse apoio em 2026”, concluiu o ministro Sabino.