O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi internado nesta sexta-feira (11) no Hospital Municipal Aluízio Bezerra, em Santa Cruz (RN), após sentir fortes dores abdominais durante viagem pelo Nordeste. Segundo o blog do jornalista Bruno Barreto, o agravamento de sua condição se deve ao excesso de comidas oleosas e hidratação inadequada, causando o que um médico explicou como diminuição da peristalte.

Ainda de acordo com a apuração de Barreto, que conversou com o secretário estadual de saúde Alexandre Motta e com o médico, coordenador do Samu de Natal, Luiz Roberto Fonseca, o estado é considerado estável, mas persistem complicações ainda decorrentes da facada sofrida em setembro de 2018.

“O presidente Bolsonaro já fez comigo cinco cirurgias abdominais, três extremamente delicadas, extremamente graves, que foram cirurgias demoradíssimas, e mais duas que foram menores”, afirmou seu médico pessoal, Antônio Luiz Macedo, à CNN Brasil.

O especialista, que acompanha o caso desde o atentado, não descarta uma nova intervenção cirúrgica: “Como as coisas estão sendo levadas hoje, eu não descarto a possibilidade de ele ter que ser encaminhado para São Paulo”.

Bolsonaro passou mal durante deslocamento entre Natal e Tangará, onde faria encontro político com o deputado Tomba Farias (PL). Após atendimento inicial em Santa Cruz, foi transferido de helicóptero para o Hospital Walfredo Gurgel, em Natal, onde realizou exames e aguarda tomografia.

Médicos locais diagnosticaram náuseas e distensão intestinal provocadas por alimentação inadequada e hidratação insuficiente, agravadas pelas sequelas das múltiplas cirurgias.

“Foi constatado que ele sente dores abdominais sem repercussão hemodinâmica. Não há alterações na pressão arterial e ele está consciente”, detalhou Luiz Roberto Fonseca, coordenador do SAMU local.

A agenda política no Rio Grande do Norte, que incluía visitas a três cidades para fortalecer o PL na região, foi suspensa indeterminadamente. Bolsonaro estava acompanhado do senador Rogério Marinho (PL-RN) quando os sintomas surgiram.

No hospital, o ex-presidente mantém dieta e medicação controlada, mas Macedo alerta para possíveis complicações: “Ele apresentou dores, dificuldades para se alimentar e digestão prejudicada por conta de uma distensão intestinal, caracterizada por inchaço abdominal provocado por inflamação”.