Em seu discurso de posse, Sidônio apontou os desafios da comunicação governamental, especialmente frente à disseminação de desinformação. Ele criticou a influência da extrema-direita nos ambientes digitais e seu impacto na percepção das ações do governo.

“A informação dos serviços não chega na ponta. A população não consegue ver o governo nas suas virtudes. A mentira nos ambientes digitais fomentada pela extrema-direita cria uma cortina de fumaça na vida real, manipula pessoas inocentes e ameaça a humanidade”, disse o ministro.

O novo chefe da Secom enfatizou a necessidade de combater a desinformação e reafirmou que a liberdade de expressão deve ser resgatada de grupos extremistas que distorcem o conceito para promover discurso de ódio.

Sidônio também destacou a importância de processos regulatórios e da transparência como pilares de sua gestão: “A comunicação é guardiã da democracia, e nosso trabalho é garantir que a população tenha acesso à informação verdadeira”.

Sidônio Palmeira e Lula nesta terça-feira (14). Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Ele criticou ainda a decisão da Meta, controladora de redes como Facebook, Instagram e WhatsApp, de mudar sua política de moderação de conteúdo, eliminando checagem de fatos e facilitando a disseminação de discurso de ódio. Sidônio ressaltou que tais mudanças representam um desafio adicional para o governo e para a sociedade.

Ao passar o bastão, Paulo Pimenta fez um balanço de sua gestão, mencionando a recuperação da estrutura da Secom e a reconstrução da relação entre o governo, a imprensa e as agências de comunicação. “Tenho absoluta convicção de que vamos dar um salto de qualidade nesse trabalho com Sidônio à frente”, disse.

Sidônio Palmeira assume o cargo em um momento crucial, com o desafio de fortalecer a comunicação política do governo Lula em uma etapa decisiva do mandato.

Segundo ele, o trabalho será coletivo: “A comunicação está no centro dos grandes desafios mundiais, e nosso papel é enfrentá-los com compreensão e união”.