O reajuste do salário mínimo, que passará a ser de R$ 1.518 neste ano, vai gerar um impacto de R$ 125 bilhões na economia, segundo cálculos do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, instituto vinculado ao movimento sindical brasileiro).
O novo valor representa um ganho real de 2,5% no piso salarial e vai gerar um incremento de renda de R$ 81,5 bilhões para a população. A arrecadação de impostos também terá um aumento de R$ 43,9 bilhões com o reajuste, de acordo com o Dieese.
A entidade estima que 59,9 milhões de brasileiros serão afetados, direta ou indiretamente, pelo aumento no salário mínimo. Entre trabalhadores com carteira assinada o impacto calculado pelo reajuste é de R$ 23,87 bilhões na renda e R$ 12,87 bilhões na arrecadação tributária.
O total inclui também inclui 28 milhões de aposentados, pensionistas e outros beneficiários do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). O aumento do salário mínimo vai gerar um incremento de R$ 38,78 bilhões e um impacto de R$ 20,9 bilhões na arrecadação com consumo nesse grupo.
O cálculo também leva em conta os trabalhadores domésticos que recebem um salário mínimo. O impacto nesse setor deve ser de R$ 5,57 bilhões no consumo e R$ 3 bilhões em impostos.
Agência da Previdência Social. Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
No caso de trabalhadores informais, os números são calculados em R$ 12,82 bilhões no consumo e R$ 6,91 bilhões na arrecadação. Entre empregados, os números são estimados em R$ 442 milhões e R$ 227 milhões, respectivamente.
O novo piso salarial representa um aumento de R$ 106 na comparação com o valor de 2024 (R$ 1.412). O reajuste foi aprovado pelo Congresso Nacional, que também definiu uma atualização limitada pelo novo arcabouço fiscal.
O novo salário mínimo já está em vigor e começará a ser pago na folha do mês de janeiro. As aposentadorias e demais benefícios serão reajustados no final do mês.