O parecer, encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF), foi assinado pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet Branco, e ocorre após o caso ser submetido à análise do órgão pelo ministro Alexandre de Moraes, conforme informações do Blog do Valdo Cruz, do G1.
No documento, a PGR destaca que “há provas suficientes da existência de crime e indícios razoáveis de autoria”. Além disso, o texto enfatiza que “a gravidade das condutas veiculadas e sua natureza violenta evidenciam o perigo concreto de que a liberdade dos investigados represente risco à garantia da ordem pública”.
A PGR também classificou a prisão como “proporcional” e essencial para a condução das investigações. “A prisão dos envolvidos é necessária para a instrução criminal, pois permitirá a compreensão adequada da extensão das condutas perpetradas”, afirma outro trecho do parecer.
Entre os detidos estão o general da reserva Mário Fernandes e os tenentes-coronéis Hélio Ferreira Lima, Rodrigo Bezerra Azevedo e Rafael Martins de Oliveira. Todos os militares pertenciam às forças especiais do Exército, conhecidas como “kids pretos”, e foram localizados no Rio de Janeiro.
As investigações apontam que o grupo também teria planejado um atentado para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes.
Kids pretos presos pela PF: Rafael Martins de Oliveira, Hélio Ferreira Lima, Rodrigo Bezerra de Azevedo e Mario Fernandes — Foto: Arquivo pessoal e Eduardo Menezes/SG/PR