Com uma gestão voltada a ampliar programas educacionais, Santana ganhou destaque no governo Lula, principalmente pelo lançamento e expansão do programa “Pé-de-meia”, uma bolsa mensal destinada a estudantes do ensino médio de escolas públicas e famílias inscritas no Cadastro Único (CadÚnico). O programa, que começou com alunos vinculados ao Bolsa Família, foi ampliado para atender mais 1,2 milhão de estudantes, somando um custo adicional de R$ 3 bilhões. “Enquanto eu puder colocar dinheiro na educação, é proibido qualquer ministro meu utilizar a palavra ‘gasto’. Educação é investimento”, declarou Lula em agosto, ao lado de Camilo, reforçando o apoio ao ministro.
Camilo Santana tem a seu favor a facilidade de comunicação com o público, algo que é visto como um diferencial em relação a Fernando Haddad. Enquanto Haddad, segundo avaliações internas, enfrenta dificuldades para se conectar com a base popular — como observou Lula em confidência recente ao afirmar que “Haddad não tem pele de povo” —, Santana é descrito como um líder que “transpira povo” e possui desenvoltura semelhante à de Lula em palanques.
A análise dos bastidores revela que, embora a prioridade absoluta do PT seja a reeleição de Lula em 2026, a eventual escolha de um sucessor envolve nomes como Haddad e Camilo. Lula, segundo fontes partidárias, prefere manter múltiplas opções até se decidir, acompanhando de perto tanto o desempenho de Haddad quanto o de Camilo em aparições públicas e no cenário interno.