O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, reforçou que a imigração nas fronteiras será sua primeira prioridade ao assumir o cargo em 20 de janeiro de 2025. Em entrevista à NBC News, ele reiterou sua intenção de realizar uma deportação em massa de imigrantes em situação irregular, afirmando que não há “escolha” a não ser executar a medida.
“Quando as pessoas têm matado e assassinado, quando senhores das drogas têm destruído o país, elas agora vão voltar para seus países”, declarou. Segundo ele, não se trata de uma questão de custo, mas de segurança.
Ao longo da campanha, a promessa de implementar a maior operação de deportação da história foi uma de suas principais bandeiras, usada para galvanizar eleitores de extrema-direita em eventos e comícios. Trump também assegurou que deseja uma fronteira “segura e poderosa” e que “não é contra a entrada de pessoas” no país, desde que isso ocorra de forma ordenada e regulamentada.
O republicano destacou a importância de seu discurso sobre imigração para a vitória eleitoral. Na entrevista, ele firmou que esse posicionamento foi responsável por atrair eleitores latinos, mulheres e asiáticos, ampliando seu alcance em relação ao desempenho nas eleições de 2020.
“Os democratas não estão alinhados com o pensamento do país”, comentou Trump, acrescentando que sua intenção é devolver o “bom senso” aos Estados Unidos.
Além do tema migratório, o vitorioso no pleito presidencial comentou sobre os primeiros contatos pós-eleição com líderes mundiais. Segundo ele, teve “bons telefonemas” com o presidente Joe Biden e a vice-presidente Kamala Harris. A ex-adversária teria pedido uma transição de governo pacífica, com o que ele concordou.
Imigrantes detidos ao entrarem nos EUA durante o primeiro mandato de Trump, em 2019. Foto: reprodução
Desde a vitória, Trump afirmou ter conversado com mais de 70 líderes, incluindo o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, e o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu. Ele ainda não falou com Vladimir Putin, presidente da Rússia, mas reiterou uma promessa de campanha: encerrar o conflito na região em “24 horas”, sem detalhar como pretende realizar tal feito.
Em relação ao México, o republicano dialogou com a presidente Claudia Sheinbaum, em uma ligação que ela descreveu como “cordial”. As fronteiras e as relações bilaterais foram temas da conversa. Em comício recente na Carolina do Norte, Trump foi além da deportação e ameaçou o país vizinho com tarifas. Ele prometeu aplicar uma taxa de 25% sobre os produtos mexicanos caso o governo mexicano não contenha “o ataque de criminosos e a entrada de drogas”.