Segundo os dados, Lula é aprovado por 50,7% dos brasileiros, enquanto 45,8% desaprovam seu governo e 3,6% estão indecisos. No México, Claudia Sheinbaum, recém-eleita presidente, alcança 66,7% de aprovação, consolidando-se como a líder mais bem avaliada do levantamento, com apenas 22,5% de desaprovação. Essa avaliação reflete o apoio inicial da população mexicana à ex-prefeita da Cidade do México, agora presidente, cuja gestão é vista como "boa" ou "ótima" por mais da metade dos entrevistados.
Em contrapartida, presidentes como Javier Milei, da Argentina, enfrentam um cenário desafiador, com desaprovação de 50,7% e aprovação de apenas 42,8%. Sua imagem é positiva para 41% dos argentinos, mas negativa para 53%. Gabriel Boric, no Chile, e Gustavo Petro, na Colômbia, enfrentam índices de rejeição igualmente expressivos, com 53,3% e 51,2%, respectivamente, de acordo com o levantamento. As populações chilena e colombiana classificam suas gestões predominantemente como "ruim" ou "péssima".
A pesquisa também abordou a percepção externa de Lula nos outros países, revelando que, apesar da popularidade doméstica, o presidente brasileiro enfrenta desafios de imagem em algumas regiões do exterior, sendo aprovado por 46% dos argentinos, mas com índices de aprovação mais baixos no Chile e no México, onde apenas 26% e 19% o veem de forma positiva.
Outro dado relevante revelado pelo estudo é o nível de tensão política observado entre grupos de apoio de diferentes partidos. O Brasil aparece com 36% de sua população descrevendo esse conflito como "muito forte", índice superado apenas pela Colômbia, onde 43% compartilham essa percepção.
Esses resultados indicam uma América Latina marcada por polarização e elevada insatisfação popular, com Lula e Sheinbaum se destacando como exceções em meio à crescente divisão política da região.