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Pesquisas em Teresina: Uma vergonha!, artigo do advogado Miguel Dias Pinheiro

Teresina provou e comprovou o fenômeno negativo identificado por pesquisadores

Publicada em 09/10/24 às 04:30h - 36 visualizações

Por Miguel Dias Pinheiro, advogado


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Pesquisas em Teresina: Uma vergonha!, artigo do advogado Miguel Dias Pinheiro
 (Foto: Reprodução)
O advogado, escritor e empreendedor com foco em Direito, Educação e Negócios, ativista dos Advogados de Direita e fundador do Movimento Nordeste Conservador e especialista em Direito Público, Guilherme Fonseca Faro, em estudo sucinto sob a nomenclatura "A fragilidade das pesquisas eleitorais: Desvendando manipulações e propondo soluções", diz que as pesquisas eleitorais são frequentemente consideradas bússolas da opinião pública, orientando estratégias políticas e informando o eleitorado. Contudo, recentes evidências sugerem que estas ferramentas podem comprometer a confiabilidade e o próprio processo-político democrático.

Na conclusão do estudo, o jurista assevera que, "as pesquisas eleitorais, embora ferramentas potencialmente valiosas para o processo democrático, revelam-se frágeis e suscetíveis a manipulações. Nessa análise, expõe-se a necessidade urgente de reformas para garantir sua integridade e confiabilidade. Apenas através de uma abordagem aprofundada, envolvendo maior transparência, supervisão rigorosa e educação pública, poderemos restaurar a confiança nestes instrumentos cruciais para nossa democracia".

Em Teresina, na recente eleição, vivenciamos um verdadeiro "show" de manipulações (mais de duas centenas de pesquisas desmoralizadas, com raras exceções). Um "rosário" de pesquisas eleitorais que se desviaram do objetivo comum, qual seja para serem consideradas  "bússolas da opinião pública". Desviadas do principal objetivo, mostraram-se frágeis não só com terríveis e inaceitáveis falhas técnicas, mas, também, com conteúdo absolutamente tendencioso, maculando o devido processo democrático. Uma vergonha!

Infelizmente, a Justiça Eleitoral brasileira não realiza qualquer controle prévio sobre o resultado das pesquisas. E, por consequência, não gerencia e nem cuida de sua divulgação, atuando apenas por provocação através do meio da representação de partes interessadas e prejudicadas.

No caso específico de Teresina, pareceu-me que o eleitorado prestou muita atenção na divulgação dos resultados manipulados. Prova maior foram os números eleitorais obtidos pelo candidato vencedor em primeiro turno, o médico Sílvio Mendes. Ficou patente que alguma providência tem que ser tomada para futuras eleições.

Teresina, enfim, desnudou as manipulações. Seu eleitorado acabou provando que as pesquisas falsas/manuseadas violaram o princípio do bom termômetro da intenção de voto. Mostrou que as pesquisas forjadas feriram de morte a seriedade dos parâmetros legais.

Ainda em setembro passado, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) recebeu inúmeras denúncias de pesquisas manipuladas e/ou falsas na Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe.

Na época, Mara Telles, presidente da Associação Brasileira de Pesquisadores Eleitorais e professora da Universidade Federal de Minas Gerais, fez, inclusive, uma advertência: “A pesquisa pode fazer com que o eleitor, sobretudo o indeciso, vote no candidato que tem mais chance de ganhar, o chamado voto útil. No Brasil, existe um mercado de pesquisas idôneas, mas começaram a ser produzidos inúmeros trabalhos com resultados bastantes questionáveis e até falsos que enganam eleitores e candidatos. É um fenômeno nunca visto no país que faz parte de um processo de promoção deliberada de desinformação global”.

Concluindo, Teresina provou e comprovou o fenômeno negativo identificado por pesquisadores. Que é péssimo e comprometedor para todos, indistintamente. Ficou muito clara a disseminação incontrolável de promoção deliberada para desinformar o eleitorado. E o resultado das urnas desvendou um processo-político-eleitoral ruinoso e insultante.




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