O avanço do Brasil elevou os níveis de democracia da América Latina, em contrate com outras regiões em que regimes autocráticos ganharam espaço.
Segundo o relatório, 18 países estão passando por processos de democratização, impactando positivamente cerca de 400 milhões de pessoas, o equivalente a 5% da população global. O Brasil, com 216 milhões de habitantes, representa mais da metade desse total.
Na América Latina, países como Bolívia, Honduras e República Dominicana também foram citados no processo de democratização. Dentre esses países, Brasil e Bolívia são descritos como nações que reverteram processos de autocratização.
No entanto, 28% dos países da região regrediram democraticamente, como El Salvador, Guatemala, Guiana, Haiti, México, Peru e Nicarágua.
O estudo divide os países em quatro tipos de regimes: autocracias fechadas, autocracias eleitorais, democracias eleitorais e democracias liberais.
As autocracias fechadas não realizam eleições multipartidárias para o executivo e carecem de liberdades fundamentais. Já nas autocracias eleitas, embora haja eleições, faltam níveis adequados de liberdade de expressão e justiça eleitoral.
Há também países na “zona cinzenta”, em que podem ser classificados como democracias ou autocracias. Entre as democracias, os eleitorais realizam eleições livres e justas com liberdade de expressão, enquanto as liberais incluem ainda restrições ao poder executivo e proteção às liberdades civis.
Na América Latina, 86% da população vive em democracias eleitorais, incluindo Brasil e Argentina. Uruguai e Chile se destacam como democracias liberais.
Entretanto, 24% da população vive em países na “zona cinzenta”, como Guatemala, Guiana, Honduras e México. Autocracias como Cuba, Nicarágua e Venezuela representam 10% da população da região.