Segundo a coluna de Malu Gaspar no jornal O Globo. nada deve ocorrer antes do primeiro turno das eleições municipais, que ocorre no dia 6 de outubro. Eles avaliam que ainda há algumas apurações em curso que devem mostrar o vínculo entre a minuta golpista e o ataque de 8 de janeiro de 2023.
Também devem ser tomados novos depoimentos, o que vai adiar a conclusão das investigações para outubro. Os investigadores estão tentando evitar abrir margem para pedidos de novas informações, como fez Paulo Gonet, procurador-geral da República, no caso das joias sauditas.
Agentes da Polícia Federal durante operação na casa de Jair Bolsonaro em Angra dos Reis (RJ). Foto: Reprodução
Há um cálculo político no novo prazo estabelecido pela PF. A corporação teria que sustentar uma série de indiciamentos, incluindo do próprio ex-presidente, em meio à eleição. A Procuradoria-Geral da República (PGR) já sinalizou que só vai denunciar os alvos após o pleito.
A ideia é evitar acusações de instrumentalização política e partidarismo do órgão. A PF não vê motivos para arriscar o inquérito se a própria PGR não vai dar andamento aos casos tão cedo.
A corporação calcula que o tempo deve aumentar a robustez das provas e que é melhor evitar apressar os trabalhos neste momento. A previsão de investigadores é que Bolsonaro seja condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) ainda no fim deste ano, em dezembro, mas que a data dependerá da PGR.