A Petrobras, que dominou 88% da produção nacional de óleo e gás no último ano, poderia alcançar uma produção própria de até 5,8 milhões de barris diários em 2030, caso a exploração da Margem Equatorial avance conforme planejado. Ainda existem incertezas, principalmente relacionadas às licenças ambientais necessárias para expandir a produção nesta nova área. Além disso, a empresa enfrenta o desafio de intervenções políticas, uma vez que o governo federal detém 50,26% das ações ordinárias, o que coloca a empresa sob influência direta do presidente da República.
Apesar dos desafios, especialistas como os do banco Morgan Stanley são otimistas em relação à capacidade de geração de caixa da companhia. Recentemente, a instituição recomendou a compra das ações da Petrobras após a empresa mostrar um bom desempenho financeiro e distribuir R$ 94,35 bilhões de lucros aos acionistas em 2023, com previsões de mais R$ 27 bilhões para o primeiro semestre de 2024.
Em termos de mercado global, a demanda por petróleo está prevista para continuar crescendo até 2029, de acordo com a Agência Internacional de Energia (IEA). Este cenário sugere que a Petrobras pode manter sua relevância no mercado global por muitos anos, mesmo com os desafios que a transição energética para fontes mais sustentáveis pode apresentar no longo prazo.