Na semana passada, a rápida passagem do ex-presidente Jair Bolsonaro pela cidade de Gravatá (PE) gerou um desentendimento envolvendo seus correligionários. Durante uma refeição no restaurante Cantinho da Paz, a conta de R$ 8 mil tornou-se o centro de uma briga que culminou em um boletim de ocorrência.
O líder da extrema-direita, que estava no Estado para gravar material de campanha para aliados como Fernando Rodolfo, em Caruaru, e Gilson Machado, no Recife, fez uma breve aparição no Rei da Coxinha, outro restaurante local.
Segundo o boletim de ocorrência registrado na delegacia de Gravatá e obtido pelo Blog do Jamildo, a polêmica começou quando um empresário local, que não estava presente no restaurante, foi convidado a arcar com a conta. No entanto, após uma suposta discussão, o empresário deixou o local sem efetuar o pagamento. A conta acabou sendo paga por Bolota, chefe de gabinete do deputado estadual Alberto Feitosa (PL).
No dia seguinte, o deputado federal Coronel Meira (PL) teria entrado em contato com o médico que se apresentou como vítima, pedindo que ele pagasse a conta. O médico afirmou que, após relutar, concordou, mas posteriormente solicitou que o empresário envolvido no caso reembolsasse o valor.
Deputado federal Coronel Meira. Foto: Divulgação
O caso tomou um rumo mais sério quando o médico alegou ter sofrido ameaças, incluindo a advertência de que ele “pagaria caro” pelos R$ 8 mil. O boletim de ocorrência também menciona que o deputado Coronel Meira teria recomendado que o médico tomasse cuidado e adotasse providências legais.
O empresário, segundo relatos, ficou irritado por ter sido tratado como “xexeiro” — um termo que, segundo o dicionário, se refere a uma pessoa que dá calote nos outros. A suposta ameaça ocorreu em um condomínio no centro de Gravatá, sendo registrada na delegacia às 12h04 do dia 12 de agosto.
A suposta vítima foi acompanhada até a delegacia pelo delegado Sergio Moreira, candidato a vice-prefeito na chapa bolsonarista na cidade, composta pelo PL e o Partido Novo.