Recentemente, a colaboração entre Brasil, Colômbia e México gerou expectativas de que os três países pudessem atuar como mediadores, abrindo canais de diálogo entre a oposição e o governo de Nicolás Maduro.
Entretanto, o Brasil foi surpreendido pela postura da presidente eleita do México, Claudia Scheinbaum, que se afastou da posição acordada inicialmente pelos três países. Na terça-feira (13), o presidente mexicano, Andrés Manuel Lopez Obrador, também anunciou seu afastamento do processo de mediação, afirmando que "agora não" falaria com Lula e Petro, preferindo esperar que a situação fosse resolvida pelo Tribunal da Venezuela.
Oficialmente, Brasil e Colômbia pressionam para que Maduro apresente as atas da recente eleição na Venezuela. Contudo, dentro do governo brasileiro, há receio de que seja difícil confiar nessas atas como solução para a crise.
Ainda conforme a reportagem, “fontes no Itamaraty apontam ainda que nem o Brasil e nem a Colômbia adotam como uma postura a ideia de convocar uma nova eleição na Venezuela. A proposta havia sido sugerida de maneira informal por Celso Amorim, o assessor especial da presidência. Mas tanto o Itamaraty quanto o Palácio do Planalto insistem que essa não é a posição oficial do governo e que Lula continua orientando seus diplomatas no sentido de transparência da eleição".