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Campos Neto: Lindbergh expõe conluio com bancos e investigação de lucros com Selic; veja

"Não existe um presidente do Banco Central desenvolver um agregador de pesquisas para a campanha do Bolsonaro", disse o deputado, criando constrangimento ao presidente bolsonarista do BC

Publicada em 13/08/24 às 14:10h - 8 visualizações

Revista Fórum


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Campos Neto: Lindbergh expõe conluio com bancos e investigação de lucros com Selic; veja
 (Foto: Renato Araujo e Vinicius Loures / Câmara dos Deputados)

Autor de uma denúncia em que acusa Roberto Campos Neto de usar seu cargo na presidência do Banco Central para fazer fortuna com a taxa Selic em fundos de investimento exclusivos, Lindbergh Farias (PT-RJ) expôs o conluio do bolsonarista com agentes do sistema financeiro para especular com a taxa Selic.

"Eu citei aqui, na última audiência, um artigo do Nilson Teixeira, um economista muito sério, economista chefe do Credit Suisse, e ele questionava justamente 250 reuniões com instituições privadas, com bancos, feitas por diretores do Banco Central no ano de 2022. Vai além, disse ele que o Jerome Powell, presidente do Fed [Banco Central dos EUA], em 2022 teve cinco encontros. Nenhum com a banca privada, com o mercado, todos com universidades e instituições. A Christine Lagarde [presidenta do BC Europeu) a mesma coisa. Então, há uma preocupação formal, na teoria e na prática, com essa relação com o mercado financeiro", iniciou o petista.

Em seguida, Lindbergh citou o áudio vazado pelo Brasil 247 em 2021 em que o banqueiro André Esteves, dono do BTG Pactual, revela sua total influência sobre Campos Neto, que ligou para o banqueiro para perguntar sobre a taxa de juros.

"Foi gravada numa reunião, ele [Esteves] diz: o presidente do Banco Central me ligou 'pô, André, o que está achando disso. Onde você acha que a taxa de juros mais baixa...'. Ai ele descreve o diálogo", lembrou o deputado.

Lindbergh também causou embaraço ao expor a relação espúria do presidente do Banco Central "autônomo" com Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2022.

"Não existe um presidente do Banco Central desenvolver um agregador de pesquisas para a campanha do Bolsonaro. Não existe votar com a camisa da seleção brasileira, fazer um convescote com Tarcísio [Gomes de Freitas, governador de São Paulo] e depois sair falando que me chamou para ser ministro. Isso é muito grave, abala toda credibilidade do Banco Central".

O deputado ainda ponderou a condução da política econômica, especialmente durante o governo Bolsonaro, quando o BC deixou de cumprir a meta da inflação em 2021 e 2022.

Lindbergh então encerrou com uma pesquisa incômoda e não respondida por Campos Neto no último encontro entre os dois.

"Nesses fundos exclusivos dos quais o senhor é proprietário existem títulos remunerados pela taxa Selic ou IPCA?, concluiu.




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